quarta-feira, 10 de julho de 2013

Watashi ga Motenai no wa Dou Kangaete mo Omaera ga Warui! Epis. 01


Não conhecia sequer a sinopse do anime e cliquei no link para ver o episódio quase por acaso, mas ainda bem que o fiz! Watamote conseguiu chamar a minha atenção com o seu humor, por vezes um pouco negro e que nos faz sentir um pouco culpados por nos estarmos a rir da desgraça alheia.

A personagem principal chama-se Kuroki Tomoko e as suas capacidades sociais são nulas se tivermos em conta a realidade e não a sua destreza para jogar jogos como Sims e outros no mínimo estranhos que envolve massajar as costas de um tipo até ter um org*smo. Dafuq? Tive que baixar o volume e tentar não rir muito alto nessa parte porque não esperava uma parte tão inusitada como aquela.  Tomoko parece convencida de que é popular porque falou com um rapaz seis vezes e depois de mudar ligeiramente o seu visual em frente ao espelho tenta convencer-se que está perante um exemplar de beleza. Mesmo assim, por algum motivo, a entrada para a Secundária não é o que ela esperava. A rapariga popular rodeada de rapazes não existe e ela pergunta-se o que se passa.


O momento que antecede a sua mudança forçada de visual com a pesquisa no Gaagle? (Oh, Japan!) em que procura concentrar nela tudo aquilo que os rapazes querem numa rapariga. E isso é?


Adorei o detalhe da duck face e a cara do irmão ao vê-la e depois de se assustar, conclui que se trata apenas da sua irmã. Os óculos, os laços, a testa à mostra, a mini-saia, etc... não resultaram lá muito bem e por isso, Tomoko decide regressar ao básico e vai ao encontro do seu irmão no quarto, suplicando-lhe alguma interação social senão iria cometer suicídio. Por cómico que se possa pensar que esta cena é, faz-nos pensar quantas pessoas também não estariam na mesma situação só que ao contrário de Tomoko nem coragem de dizer isso a um familiar têm.


Aparte: As olheiras são coisa de família?

Continuando, o irmão de Tomoki após alguma insistência e também por pensar que exagerou na forma como falou com a irmã, aceita conversar com a irmã. Esta pede-lhe que converse com ela todos os dias por pelo menos uma hora como forma de reabilitação já que há três meses que começou a escola e ela não tem falado com ninguém. E a referência à recompensa sexual que o irmão devia receber por marcar golos na sua equipa de futebol? Oh my! A imaginação desta miúda vai longe!

A verdade é que embora me estivesse a rir de Tomoki ver como ansiava por atenção e um elogio do irmão fez-me sentir culpada. Ela só queria que ele falasse com ela, apreciasse a sua companhia e dissesse que era bonita. No fundo, Tomoki apenas quer ser uma miúda normal com amigos, namorado, ser convidada para sair, enfim ter uma vida normal.

O irmão de Tomoki pergunta-lhe por quanto tempo terão de ter aquelas conversas e quando ela lhe diz que isso só vai acontecer até ela arranjar um namorado, o comentário dele é maldoso: Estás a condenar-me à prisão perpétua? Mesmo assim, ela diz que um mês deve ser o suficiente e ele não pode evitar pensar que a irmã talvez esteja a ser demasiado positiva, mas concorda em conversar com ela.


A alegria dela no dia seguinte por ter conseguido (mais ou menos) responder ou balbuciar em resposta ao professor e ao rapaz bonito da loja onde foi comprar uns doces para ela e para o irmão por ter finalmente conseguido falar com alguém, é engraçada e ao mesmo tempo triste.

Depois assistimos a um passeio solitário até a uma livraria onde passa grande parte da tarde e depois a ida ao famoso WCDonald's. Lá ela descobre que os hambúrgueres são bons e que nem toda a gente come acompanhado e por isso, não há razão para se sentir mal por estar sozinha. Isso até ver alguns colegas de turma aparecerem e começa a sentir-se encurralada porque quer sair dali sem ser vista, mas no lugar onde está sentada isso não é impossível. Solução? Ir à casa de banho e adoptar o visual estranho que tinha usado em casa na frente do irmão assustando-o.


Ela consegue o que queria, passar despercebida pelos colegas mas quando ia descer as escadas dá de caras com o irmão que veio comer com uns amigos no mesmo local. Eles encaram-se em silêncio. O irmão pergunta-se mentalmente o que faz a irmã ali e vestida daquela forma, mas nada diz. Os amigos acabam por incitá-lo a subir as escadas para irem comer. Assim que passam por Tomoko, um deles ri e comenta como a miúda perto das escadas era feia e pergunta aos outros se viram.
Confesso que me senti terrível por ela, sobretudo quando o irmão afirmou que não tinha reparado, ou seja, preferiu fingir que nem sequer a conhecia... também devia ter vergonha dela? Essa cena foi forte e triste ao mesmo tempo, assim como quando ele a encontrou no parque mais tarde sozinha e a única coisa que disse foi para irem para casa. Nem um pedido de desculpas ...

Pelos bons e maus motivos vou continuar a acompanhar esta série que embora retrate quem sabe de um modo exagerado as coisas... esta a realidade em que vivemos, um mundo de aparências onde os mais vulneráveis são os que mais sofrem.

Ja ne (^_^)/

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