quinta-feira, 7 de março de 2013

Sakurasou no Pet na Kanojo [21]

Ainda não tinha falado deste anime que tenho acompanhado desde da sua estreia. Sakurasou No Pet Kanojo conta a história de Sorata que vive numa espécie de residência para estudantes um tanto problemática. Inicialmente, ele vivia em outra residência de estudantes, mas porque teimava em salvar todos os gatos que encontrava na rua, disseram-lhe que ou se desfazia dos gatos ou seria expulso da residência.

Sakurasou, a residência de estudantes problemática, foi o lugar ideal que Sorata encontrou para poder ficar juntamente com os seus animais de estimação. Contudo, essa residência está repleta de pessoas beeem particulares! Como se já não bastasse viver com Jin, Misaki e Ryunosuke, junta-se Mashiro - uma artista de renome que tem um pequeno problema. Não consegue fazer nada (que não envolve pintura) sozinha!
Então Sorata transforma-se numa espécie de babysitter de Mashiro em que tem que acordá-la, mudar a sua roupa e até arrumar o quarto dela porque caso contrário tudo aquilo parece um campo de batalha!

Eventualmente, juntam-se outras personagens. Nanami, uma amiga de longa data de Sorata que também vai para Sakurasou porque pagava bem menos ali e ela precisava de um lugar barato e também, conhecemos Rita, uma personagem que aparece em alguns episódios. (Para mais detalhes, assistam o anime! Vale a pena!)

O episódio que vi hoje, o 21 foi especialmente triste e confesso que partilhei da dor das personagens. As lágrimas ameaçaram começar logo nos primeiros minutos do episódio quando Nanami começa a chorar no meio da aula, sem motivo aparente.

 Aoyama Nanami

Embora a maioria dos seus colegas na sala, não soubessem o motivo, Sorata sabia.
Nanami tinha o sonho de ser uma Seiyuu (uma actriz -> dobradora) e para tal, entrou numas aulas para esse efeito que frequentou durante dois anos. Ela mesma teve que arcar com os custos porque não tem o apoio dos pais que desejavam que ela seguisse outra carreira. No entanto, Nanami mostrou-se persistente e fiel ao seu sonho, pagou as suas aulas e a sua estadia na Sakurasou, trabalhando em part-time até à exaustão e mesmo doente. À semelhança de Sorata, também admiro Nanami porque trabalha como ninguém para atingir os seus sonhos.

Contudo, os resultados de uma audição que podia marcar o início da sua carreira, não foram bons e ela teria que cumprir a sua promessa. Os seus pais disseram-lhe que se ela não conseguisse entrar na carreira de Seiyuu teria que voltar para casa e desistir desse sonho. Portanto, quando ela recebeu aquela carta a dizer-lhe que não tinha sido bem sucedida nas audições, só consigo imaginar o que deve ter sentido. Porém, no momento, ela encarou aquilo de forma quase fria e por não querer chorar na frente dos seus amigos e preocupá-los, guardou tudo dentro dela. Guardou até ao limite, até acabar a chorar na sala de aula.


Um pouco depois desse momento, Sorata recebe um telefonema também com os resultados de mais uma participação sua num concurso que pretende encontrar criadores de videojogos. Mais uma vez, Sorata também falhou. Durante a chamada, ele tentou manter a calma e ouvir atentamente os motivos que tinham levado ao seu falhando, só que mal terminou o telefonema, foi-se abaixo. Pude entender porquê e estava a torcer para que desta vez, tudo corresse bem, mas não foi assim.

Todavia, há algo que marcante nesta cena. Durante a chamada, ele estava a falar com o seu, digamos mentor que lhe disse isto « Às vezes, o teu futuro já está decidido e não há nada que possas fazer para mudá-lo. Há coisas que não podes mudar, não importa o quanto te esforces. É uma coisa injusta, não achas? Não é fácil aceitar isso e nem digo que o faças, mas é assim que a vida é... injusta ».

Basicamente essas frases resumem o episódio. 





O momento em que Sorata foi ao encontro de Nanami que estava a chorar no meio da chuva e encarando o céu cinzento também foi duro de se ver. Ela finalmente chorou como devia ter feito quando recebeu as más notícias. Gritou que não entendia como tudo correu mal, quando ela deu tudo de si. Trabalhou, não se divertiu com as amigas recusando as idas ao Karaoke ou outros passeios para se dedicar inteiramente ao trabalho e ao curso e tudo para quê? Para nada.

Evidentemente, ela pode estar a ver tudo desta forma, mas mesmo que objectivo não tenha sido alcançado, uma coisa é certa: a experiência fê-la crescer e tudo o que aconteceu durante aqueles dois anos não podem ser considerado como anos perdidos. E o Sorata chega a dizer que talvez fosse melhor os dois pararem um pouco, fazerem uma pausa e tentar de novo, mais tarde quando estivessem preparados.


Pensei que depois de tantos momentos tristes, as coisas finalmente começavam a acalmar-se, mas não... Sorata recebeu uma carta da empresa para a qual queria trabalhar, dizendo que embora o jogo não tivesse sido aprovado, queriam contratar a Mashiro como designer. Essa foi a gota de água.

Sorata começou a dizer que a vida era mesmo injusta já que pessoas como ele ou a Nanami trabalhavam duro, mas nunca chegariam aos pés daqueles privilegiados que nasciam talentosos e passavam sem qualquer esforço à frente daqueles que davam tudo de si. Mashiro estava ao seu lado e ela, uma artista de renome que apenas ajudou no design do jogo por causa de Sorata, pelos sentimentos que tem por ele, não recebeu de ânimo esse comentário. E esse teria sido um bom momento para tentar desculpar-se ou explicar-se melhor, mas para variar Sorata não fez nada.

Espero ver momentos mais alegres e sobretudo, momentos que façam acreditar que trabalhar duro compensa porque até agora, o que este anime tem mostrado é muita desilusão por parte daqueles que trabalham pelo seu futuro.




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